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quinta-feira, 23 de julho de 2020

Estrela de Conteúdo: Entrevista com o Autor Henrique R. Prestes



Tema:  Entrevista com o autor Henrique R. Prestes



Maselha Alves: Olá Henrique R. Prestes, desde já quero agradecer por ter aceitado o convite de participar do projeto Estrela de Conteúdo do Escritores do Amanhecer, saiba que é muito importante termos você por aqui e para começar adoraria conhecer como surgiu, como foi o processo da escrita do livro Megaverso? quando comecei a vasculhar o seu Instagram li a snopse, os trechos e são incríveis.

Henrique R.: O prazer de participar é todo meu! Pois bem, antes quero apenas dizer quero o Megaverso é um "Universo" que eu criei para abrigar outros universos, ou seja: são universos dentro se um universo maior! A ideia surgiu em 2018, quando eu pensei em escrever uma história de Terror, afinal, eu adorava esses tipos de histórias, foi então que eu comecei alguns esboços de uma história onde um casal se mudava para uma casa e um demônio começava a os atormentar... Tempo depois, eu comecei a ter ideia de um universo de super-heróis, pois eu adorava essas histórias, deixando de lado a história de terror. Certo dia, eu decidi fazer essas duas histórias acontecerem, porém, sendo de universos diferentes. Foi então que eu me inspirei em grandes histórias, tais como a "Crise nas Infinitas Terras", da DC Comics, onde haviam centenas de Terras paralelas vivendo num aglomerado, nesse momento eu pensei: "E se eu fazer isso, porém, com poucas Terras?" Decidi fazer esse "Aglomerado" só com duas Terras e que, no futuro, vão fazer um crossover. Mais tarde, eu tive a ideia de fazer uma história de um apocalipse zumbi, mas esse gênero não combinava com nenhum universo que eu já havia criado e então nasceu o "Terceiro Universo", o qual acrescentei no Megaverso e também fará parte do futuro crossover, o qual será um Mega-evento e originará outras 6 Terras pra fechar o Megaverso.

Maselha Alves: Na sua primeira postagem por lá vi que além do anúncio até porque o livro é uma trilogia e já tem data estimada para o lançamento em novembro do primeiro livro, há umas descrições muito importante do Fireman, Night, Imperatriz e etc... A pergunta é, há alguma história por trás disso? Os personagens houveram algumas inspirações ou foi por criatividade própria de si?

Henrique R.: Eu já falei para alguns amigos que quero que esse universo seja mesmo visto como uma inspiração dos universos de super-heróis já conhecidos (DC, Marvel, Dark Horse, Spawn...). Por exemplo, Fireman é uma inspiração do "Tocha Humana", da Marvel, Night é uma clara referência ao "Batman" e "Ravena", ambos da DC Comics. Porém, há alguns personagens que serão pura criatividade minha e serão apresentados nas continuações.

Maselha Alves: Fantasia é o principal gênero do seu livro, para ti o que a fantasia representa, além da criatividade profunda que obtém?

Henrique R.: A fantasia é nada mais que sair fora do "mundinho" que vivemos, viajar para outros universos. Viver o que não podemos!

Maselha Alves: Todos os escritores tem momentos complicados, seja na estrutura da escrita, partes difíceis também, na hora dos diálogos e assim vai, houve travas na escrita ou procrastinação?

Henrique R: Ah, sempre tem! Antes de escrever, eu já imaginava tudo aquilo que queria contar, aquilo que queria escrever, porém, na hora de colocar em prática, não sai nada e eu ficava frustrado com isso. Teve vezes que até pensei em abandonar tudo, mas logo tudo se endireitava.

Maselha Alves: O seu sonho, objetivo ou foco sempre foi a escrita?

Henrique R: Pior que não. E, por incrível que pareça, ele não é meu objetivo principal! Sou daqueles que gosta de tecnologia e admiro muito grandes empreendedores, tudo isso me faz sonhar em ser um grande empreendedor um dia, que lida com tecnlogias e essas coisas, mas claro... continuarei com esse universo que criei na literatura, penso até em dar continuidade no universo dos super-heróis nas HQs!

Maselha Alves: Há hobbies, profissões que desempenha além da escrita?

Henrique R.: Gosto muito de editar vídeos, jogar futebol e vôlei, além de gravar alguns vídeos também. Desde que eu era mais, gostava de escrever pequenas histórias, mas nunca pensei que ser escritor faria parte dessa vida.

Maselha Alves: Pretende escrever outros segmentos literários ou apenas Fantasia?

Henrique R.: Irei escrever outros livros também, que farão parte do Megaverso: Terror e Ficção científica. Em novembro, como dito, eu espero lançar o livro dos Super-heróis ("Ultraliga"), em março do ano que vem pretendo começar o universo dos livros de terror com o livro "Caro David" e em Julho do ano que vem, começarei o universo de ficção científica, com o livro "Radioativos".

Maselha Alves: Há um conjunto de hábitos que faz para se manter criativo?

Henrique R: Sempre procuro as ideias que tenho antes, para ver se já não foi usada, até tento inovar algumas ideias já usadas, mas sempre tento criar minhas próprias.

Maselha Alves: Me diga quais são os elementos fundamentais para escrever?

Henrique R.: Você precisa ter uma mente espaçosa, para as ideias poderem entrar e se firmar ali. Além disso, na hora da escrita, você precisa já ter em mente o que vai escrever, não precisa ser exatamente aquilo que está pensando, mas algo parecido, que possa lembrar aquilo que planejou. Um ponto crucial é você conseguir prender seu leitor na história, fazer uma história que prenda ele, que faça ele querer continuar a ler ela. Que ele fique criando expectativas sobre a continuação de cada parte da história.

Maselha Aves: Muito obrigado por ter participado, saiba que a sua criatividade, o modo de como está produzindo o conteúdo do seu livro é perfeito, mas sabendo também que o intuito é esse por aqui, é mostrar aos escritores o valor do seu trabalho e se inspirarem em ti.

Henrique R.: Eu que agradeço a entrevista. Saiba que é uma honra estar sendo entrevistado por um grande IG literário!

Escritores Do Amanhecer não é somente mostrar a escrita e sim o nascer de muitas histórias.

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quinta-feira, 28 de maio de 2020

Estrela de Conteúdo: Entrevista com o Autor Pedro Vale


Tema:  Entrevista com o autor Pedro Vale do Livro Azul Instantâneo


Maselha Alves: Olá Pedro Vale, é uma honra em está conosco no Projeto do Escritores do Amanhecer Estrela de Conteúdo e hoje conversaremos um pouco da sua obra, do seu trabalho e etc. Então, o livro azul instantâneo é uma arte incrível eu amei ler ele, confesso que reli por 3 vezes e eu viajo na leitura e a dinâmica das palavras é divina, agora me fale, como foi a montagem da arte deste livro?

Pedro Vale: Eu tinha uma ideia muita clara em relação ao livro-objeto. Queria um equilíbrio entre os textos e o exterior. Para tal, contratei um bom designer que, a meu ver, elevou a obra a uma dimensão plástica e artística.

Maselha Alves: como foi os processos da escrita?

Pedro Vale: Durante três anos dei por mim a escrever no celular sempre que sentia um impulso. Partilhava pensamentos no Facebook sem ter corrigido e gostava da sensação de ter um retorno imediato do outro lado, mesmo sendo só para 15 ou 20 pessoas que estivesse a escrever.

Maselha Alves: Quando li achei os poemas bem conectados, entrei numa veracidade imensa que pude sentir as palavras, pude imaginar cenas da poesia e cheguei a ilustrar até o que me fez captar que a poesia foi elaborada perfeitamente. Como elaborou para termos esta imaginação de forma impecável?

Pedro Vale: Foi só quando me apercebi da quantidade de textos que havia produzido que surgiu a ideia de os compilar. A maior parte deles eram poesias visuais ou experimentalismos, mas havia também alguma poesia mais lírica, filosofia, micro contos, observação e até haicais... Difícil foi o processo de seleção e composição do Azul Instantâneo!

Maselha Alves: Como se sente em alguém está lendo o seu livro sem ser do seu território nacional (Portugal)?

Pedro Vale: Tem sido magnífico ser lido em vários países de expressão portuguesa. A minha aposta é o Brasil, país que sempre me fascinou e espero continuar a aprender sobre a sua cultura todos os dias, através do contacto com os leitores, seguidores, autores e artistas que vou encontrando nas redes sociais aquando da divulgação do Azul Instantâneo. A obra tem sido muito acarinhada pelos leitores brasileiros e faz-me sonhar com a possibilidade de ser lida cada vez por mais pessoas.

Maselha Alves: Eu amo demais a poesia e atualmente ao menos aqui no Brasil, eu não vejo muito livro de poesia sendo publicado o que me entristece um pouco, mas por ai como há muitos livros publicados deste gênero?

Pedro Vale: Em Portugal a poesia é lida por um nicho reduzido de leitores, mas leitores vorazes, pelo que me tenho apercebido. Se pesquisar por editoras independentes brasileiras, irá encontrar imensas e várias dedicam-se quase exclusivamente à poesia. Há a poesia de cordel que é muito tradicional e há fenómenos como os saraus em que imensas pessoas se juntam para celebrar a poesia. A poesia  tem a sua importância tanto em Portugal como no Brasil e, mesmo não sendo mainstream, tem uma importância enorme na sociedade.

Maselha Alves: Qual foi a parte mais difícil em escrever esta obra?

Pedro Vale: Costumo dizer que compor o Azul Instantâneo e agora divulgá-lo são bem mais difíceis do que escrevê-lo. Tê-los escrito foi uma necessidade e um prazer ao mesmo tempo.

Maselha Alves: Quando mostrou seu trabalho ao amigos, famílias, como foi a reação deles?

Pedro Vale: Esse processo ainda está a acontecer. Vendi 400 exemplares em três meses e muitos amigos e familiares nem tiveram oportunidade de o comprar. Mas, ficaram espantados uns. Outros, por não estarem familiarizados com a linguagem poética, um pouco desconfiados. Os que liam literatura lá fizeram um esforço para perceber a obra e, alguns, entretanto, já se entusiasmaram  a ponto de começarem a procurar incluir a poesia nas suas leituras. Contudo, a família e os amigos foram o grande suporte inicial do Azul Instantâneo. Sem eles, não estaria onde estou hoje.

Maselha Alves: Para finalizar o que o livro Azul Instantâneo pode ensinar, mostrar, qual a mensagem que o livro traz?

Pedro Vale: A magia da poesia é cada um sentir sensações e emoções completamente diferentes dos demais leitores. Visitei já dez escolas onde incentivei os jovens a serem mais criativos dentro e fora das redes sociais. As palavras-chave do Azul Instantâneo creio serem a criatividade, a autenticidade e a liberdade. Acrescentaria a reflexão. Estou certo que ninguém lhe conseguirá ficar indiferente. Muito obrigado pela oportunidade!

Maselha Alves: Muito obrigado por ter participado, saiba que amei demais sua obra, bela poesia, seu livro é inspirador, é como um portal em que você entra e encontra um mundo perfeito sabe, mas saiba que o intuito é esse, é mostrar aos escritores o valor do seu trabalho e se inspirarem em ti.


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Estrela De Conteúdo: Liberdade e Aceitação na Escrita Com o Autor Leblon Carter


Tema: Liberdade e Aceitação na Escrita Com o Autor Leblon Carter



Maselha Alves: Olá Leblon Carter, desde já agradeço por participar do projeto do escritores do amanhecer Estrela de Conteúdo e hoje falaremos sobre Liberdade e Aceitação na Escrita. Enfim, como os livros LGBTQI+ têm sido umas das leituras em que mais sofre preconceito literário, como autor como se sente em relação a isso?

Leblon Carter: O movimento LGBTQI+ tem crescido exponencialmente na sociedade e isso reflete na literatura. Sim, ainda temos muitos obstáculos para superar e atualmente lidamos com um preconceito velado com essas histórias. Muitas vezes precisamos nos mascarar em outros gêneros, como fantasia, suspense ou drama, para apresentar a diversidade de uma forma que o leitor se sinta confortável com a leitura ao mesmo tempo em que aprende sobre as diferenças.

Maselha Alves: Muitos dos escritores desejam escrever livros deste tipo, mas a opressão e o que as pessoas vão achar fazem com que eles desanimam, inclusive havia um colega meu quando estudei que escrevia livros assim, mas não compartilhava porque as pessoas já julgavam dele ser assim, a luta por isso é cotidiana e por muitas vezes eles querem mostrar o seu trabalho, porém sempre há um impedimento. Por acaso já pensou? Sofreu algo assim? Se sim, nos compartilha para ajudar os escritores.

Leblon Carter: Histórias LGBTQI+ precisam ter um público diversificado, e não apenas pessoas do próprio meio. O que acontece é que o brasileiro não tem uma taxa muita alta de leitura, o que também reflete nas minorias. E talvez esse seja um dos motivos de escritores evitarem começar com um grande romance homossexual e preferirem algo mais sútil e disfarçado. Até porque esse é um dos problemas que encontro em divulgar um dos meus romances gays pois a falta de público e interesse da própria comunidade interfere e muito nisso.

Maselha Alves: Continuando o assunto acima, percebendo a situação cheguei a ele e falei que podia me compartilhar e quando li as cenas, o livro era tudo o que ocorria no dia a dia dele como também no colégio, isto me fez pensar "Porque é tão difícil para estas pessoas falarem do que sentem? O medo e a pressão é tão fortemente?" E assim me vem esta pergunta para ti, os seus livros tem o intuito de ajudar a eles ou elas acerca disso?

Leblon Carter: Muitos escritores LGBTQI+, inclusive eu, começam escrevendo sobre experiências que tiveram como uma forma de desabafo para o mundo. Nem sempre as pessoas ao nosso redor estão dispostas a nos ouvir, por isso procuramos meios de nos expressar. A escrita se torna nosso diário pessoal. Por isso em todos os meus livros, contos e narrativas procuro mostrar que a sexualidade, independente de qual seja, deve ser respeitada e representada de uma forma que nos faça sentir orgulho de quem somos.  

Maselha Alves: Muitos obtém a liberdade da escrita, mas quando se trata disso as pessoas querem esconder como se não houvesse, mas a cada dia a persistência vem e derruba toda as barreiras que impedem de se expressar livremente, certo? Para ti o que é a liberdade da escrita? Como se sentir livre para escrever, mostrar sua ideia, sua história, sua mensagem independente do que vier?

Leblon Carter: Acredito que a liberdade de escrita é o poder que nós temos de representar qualquer aspecto da realidade. Existem coisas leves, como romance na adolescência, separação de casamento e clichês escolares. Mas também temas pesados como estupro, violência física e aborto. Nós, como escritores, temos liberdade para escrever sobre cada uma dessas coisas, mas com a consciência de que palavras tem poder e podemos acabar machucando ainda mais uma pessoa fragilizada. Então, é preciso estudar o tema e se aprofundar antes de escrever algo raso e sem superficialidade apenas por entretenimento.   

Maselha Alves: Como foi o seu processo da escrita nesta área?

Leblon Carter: Natural. Nunca me vi escrevendo romance porque comecei na fantasia. Mas acabou acontecendo de forma espontânea porque a história surgiu de coisas que aconteceram comigo na vida real, o que me motivou bastante a escrever.

Maselha Alves: Parte, cena ou trecho do seu livro que te marcou? E que deseja transmitir para todos?

Leblon Carter: “Amor é o sentimento mais puro que existe. As pessoas não deveriam sofrer por ele. Principalmente quando você não tem culpa de amar. Mesmo o “amor” sendo uma palavra muito forte. Paixonite é algo mais plausível e menos constrangedor para se contar aos amigos. Crush todos tem. Alguns são mais fortes do que outros. Mesmo que no final todos se tornem apenas lembranças de épocas de nossas vidas. Boas ou ruins.”

Maselha Alves: Como começou a escrever seus livros?

Leblon Carter: Comecei com meu livro de fantasia em 2015. Sempre gostei muito de universos mágicos, aventuras e, principalmente, Harry Potter. Eu pesquisei durante 3 anos antes de poder finalmente começar a escrever porque queria ter todo o projeto traçado antes do início. Já meu romance LGBTQI+ surgiu graças a uma paixão que vivi durante uma época em que trabalhei em um cinema e a história gira em torno disso e do protagonista, que também é escritor, em vencer um concurso de Nova Iorque.

Maselha Alves: Como foi a aceitação da sua escrita?

Leblon Carter: Rápida. Nunca tive problemas com isso. Me assumi cedo, com 14 anos, e sempre enfrentei o preconceito de frente. Nunca abaixei a cabeça. Então se tornou natural representar isso nas minhas histórias.

Maselha Alves: Para finalizar, me diga como luta todos os dias? Os livros? Em tudo.

Leblon Carter: Olha, é uma batalha difícil (risos). Não tem um dia em que eu não pense em desistir por causa das dificuldades, que não são poucas. Tenho um emprego normal de domingo a domingo para conseguir investir nos meus projetos, estudo artes gráficas e ainda tem a escrita que toma todo meu tempo livre.  Mas, quando paro para pensar, não tem mais nada que eu queira fazer se não tiver a literatura na minha vida. Nada mais faz sentido. Não poder me expressar através das palavras, fazer com que as pessoas se sintam confortáveis com quem são ou apenas criar um mundo fantasioso para que a gente escape da realidade. Sinto que todos nós nascemos com um objetivo e o meu é mudar o mundo com as minhas palavras. E, mesmo que não consiga mudar o mundo todo, que ao menos possa mudar o mundo de algumas pessoas. Sou grato a isso!

Maselha Alves: Muito obrigado por ter participado desta entrevista, saiba que ajudará diversos escritores e é muito importante conhecermos sobre esta área, sobre a aceitação, a liberdade e a luta que ocorre a cada dia.
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quarta-feira, 27 de maio de 2020

Estrela De Conteúdo: Entrevista com o autor Ivan Campelo


Tema:  Entrevista com o autor Ivan Campelo do Livro As Luzes de Recife




Maselha Alves: Olá Ivan, desde já quero te agradecer por aceitar o convite para ser nosso entrevistado do projeto estrela de conteúdo, saiba que é uma honra em tê-lo por aqui, além de sermos parceiros no Instagram, hoje é dia de falarmos sobre As Luzes de Recife. Ivan, como foi o processo da escrita deste livro?

Ivan Campelo: Foi bem tranquilo, diria eu. Todos os dias que eu chegava do trabalho, escrevia até onde o sono permitisse. Eu tinha que acordar cedo no outro dia para ir trabalhar, então eu sempre estava com sono. Mas o café me ajudava. Todos os dias eu precisava estar sentado na frente da máquina de escrever.

Maselha Alves: Como já mencionei no blog, o seu livro traz uma convivência, personagens com bem reais (como se fossem presencialmente), o que nos faz se sentir dentro do livro, o que nos permite também ler numa veracidade porque a ligação permanece desde do início do livro até o fim. Então, como foi esta persistência de manter esta sintonia, o foco até o fim? Até porque há uns livros que começam bem e não terminam no mesmo pique.

Ivan Campelo: Todo esse livro é embasado na realidade. Mesmo as coisas mais absurdas foram coisas que eu presenciei ou ouvi falar. Então, como eu sempre estive inserido nessa realidade, todos os dias, não foi difícil passar tudo isso para o leitor, até o fim do livro. E todos esses personagens, o Luiz, a Sara, a Júli, depois de um tempo ganharam vida própria. Então eu não precisava fazer muita coisa.

Maselha Alves: Como foi a escolha do título para esta obra?

Ivan Campelo:  "As Luzes de Recife" foi escolhido para representar as pessoas que vivem nessa cidade. São elas que tornam Recife o que é. Elas são as luzes de Recife.

Maselha Alves: Há um conjunto de hábitos que faz para se manter criativo?

Ivan Campelo: Ler. Ler é o que me torna bastante criativo. Filmes também me ajudam muito nesse processo de criatividade. Acho que o melhor conjunto para tornar alguém criativo, é a arte em si. Se você consome arte, vai ficar tudo bem.

Maselha Alves: O seu sonho já era a escrita? Ou desejava/deseja outras profissões?

Ivan Campelo:  Eu queria ser desenhista, mas depois de um tempo percebi que não era tão bom assim. Eu não conseguia memorizar as coisas com facilidade. Para ser um bom desenhista tem que ter uma boa memória, estudar anatomia profundamente e estar disposto a entrar de cabeça em diversos princípios da arte. Eu não era capaz de tais coisas.

Maselha Alves: As Luzes de Recife houve algumas partes, momentos ou trechos da sua vida?

Ivan Campelo: Sim. Mas não posso dizer quais para não acabar com a magia do livro. Hahaha

Maselha Alves: Qual foi a parte mais difícil na hora de escrever este livro?

Ivan Campelo: Foi deixar o Luiz (o protagonista/narrador) realista. Não queria que ele fosse mais um príncipe encantado, copiado de um livro americano para agradar todo mundo com sua índole pura. Eu queria alguém que as pessoas iriam amar ou odiar, e ao mesmo tempo ter a impressão de já tê-lo visto em algum lugar. Essa parte foi realmente complicada. Uma palavra a mais ou uma a menos colocaria tudo a perder.

Maselha Alves: Alguns elementos fundamentais para escrever? Para ajudar os escritores.

Ivan Campelo: Como eu sempre digo, tem que ler muito. Não comprar livros e não ler livros, vai tornar as coisas difíceis para um escritor iniciante. Ele não está fazendo parte desse meio que quer entrar e não está buscando aperfeiçoar sua escrita. Esse negócio de "eu não leio livros de ninguém para ser o mais original possível", não existe. Se fosse assim, os maiores escritores, ganhadores do Nobel de Literatura, pregariam isso. Porém, o que mais pregam é a leitura. E é necessário escrever muito também, é óbvio.

Maselha Alves: Que mensagem que deseja transmitir através do livro As Luzes de Recife?

Ivan Campelo: Não espere ser tarde o bastante para tomar coragem de se entregar ao amor.

Maselha Alves: Obrigado novamente por ter aceitado a fazer esta entrevista, saiba que amo demais seus contos, o seu livro, você escreve de forma tão penetrante que de cara logo percebemos que é o Ivan, sua história é única, sua marca na escrita é dominante, foi através dos seus livros que obtive um banco de conteúdos e despertou ainda mais de realizar este projeto, você tem dom e valor invencível.

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terça-feira, 26 de maio de 2020

Tema: Trabalho no Wattpad com Escritora e Autora Rafaela Silva


Tema: Trabalho no Wattpad com Escritora e Autora Rafaela Silva




Entrevista

Maselha Alves: Fico muito grata por ter aceitado o convite para falarmos um pouco sobre o seu trabalho no Wattpad, saiba que estou adorando o livro A Magia de Katanny. Rafaela, quando você soube do Wattpad, primeiramente obteve o pensamento em ler ou escrever livro?

Rafaela Silva: Quando eu conheci o Wattpad, não tinha tanto interesse de escrever e sim de ler, mas  no fundo queria iniciar uma história e muitas vezes me sentia insegura, até que criei coragem e iniciei o meu primeiro livro.

Maselha Alves: Ao começar a escrever, já havia planejado antes? Aliás você obtém um rascunho da sua escrita tudo pronto ou vai escrevendo e adicionando novos capítulos assim que for postando?

Rafaela Silva: Na verdade eu já tinha em mente um começo, ao decorrer do tempo fui imaginando e escrevendo, e sim escrevia tudo em um caderno inicialmente.

Maselha Alves: Escreve seus livros no celular, computador ou à mão mesmo? Se sim, por qual motivo.

Rafaela Silva: Estou me adaptando ao computador por agora, mas antes quando não tinha muito tempo, costumava usar o celular, também quando não estava em casa ou sem tempo, pois sempre em momentos vagos me vinham ideias e tinha que anotar.

Maselha Alves: Para obter um processo criativo na escrita, que ideias e inspirações utiliza?

Rafaela Silva: Gosto muito de assistir filmes e séries, Amo um romance e sobrenatural isso já ajuda um pouco, ler livros do gênero e até mesmo músicas, me faz pensar, viajar e escrever. Tudo isso são as minhas fontes de inspiração.

Maselha Alves: Como é a sua experiência com o trabalho no Wattpad? É uma plataforma útil, recomenda?

Rafaela Silva: Sim, o Wattpad e um ótimo aplicativo, ajuda muito a divulgar o meu trabalho e de muitos outros autores, recomendo muito.

Maselha Alves: O bom do Wattpad é que podemos saber o que os leitores estão achando no momento em que estão lendo através dos comentários, dessa forma como se sente? Os comentários tem te ajudado muito nas novas ideias?

Rafaela Silva: Sim, é muito bom saber o que os leitores estão achando, os comentários ajudam muito, até mesmo a saber se estamos mesmo na direção certa, o que tem que melhorar e tudo mais.

Maselha Alves: Seus livros estão publicados lá, pretende lançar/publicar em outra plataforma ou até mesmo enviar para uma editora?

Rafaela Silva: Escrevo tanto no Wattpad quanto fora de lá, inclusive irei lançar uns dos meus livros em físico e e-book em breve, foi um livro que escrevi, conclui e logo encaminhei para uma editora e deu certo, em fim coloquei apenas alguns dos capítulos lá para os leitores já irem conhecendo. Pretendo sim lançar mais e mais livros.

Maselha Alves: O Wattpad atualmente tem um grande reconhecimento, dessa forma acredita que seja apenas uma base para a escrita ou há algo além disso? Até porque os livros são gratuitos e muitos pretendem vender e acabam utilizando a famosa estratégia "Wattpad e Amazon" onde postam apenas alguns capítulos no Wattpad para que as pessoas que gostarem do livro possam comprar no Amazon.

Rafaela Silva: O Wattpad é muito mais, assim é minha opinião, além de nós proporcionar a escrever, também que conhecemos os valores do outro, conhecer mais outros autores e seu trabalho fantásticos. Acredito que esta estratégia a meu ver é ótima, pois compra quem quer, e se realmente gostou da história irá querer adquirir um bom livro em casa.

Maselha Alves: O que te levou realmente a querer o Wattpad, qual a importância desta plataforma que você deseja transmitir para os escritores? Alguma dica para eles?

Rafaela Silva: O que me levou a querer o Wattpad, foi querer ler pois antes de escrever gostava muito de conhecer novas histórias e ainda gosto, tanto que minha biblioteca e repleta de livros de vários gêneros. Que independente de gênero, de escrita devemos sempre manter o respeito, uns com os outros e acima de tudo manter a simplicidade, não querendo ser melhor e diminuir o trabalho do outro, o Wattpad é para todos.

Maselha Alves: Desde já quero te agradecer por está compartilhando sua rotina, saiba que com isto estará ajudando diversos escritores, pois este é o intuito principal mostrar cada trajetória, experiência e opiniões que os escritores têm. Estrela de Conteúdo é isto, é compartilhar sempre e mostrar sua importância na área da escrita.

 
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